Muitos acreditam que em meio a tanta escassez e crise a prosperidade é algo inatingível. O desespero e a busca pela sobrevivência muitas vezes tomam conta e as dificuldades cotidianas tornam-se maiores que a capacidade de ver saída. O Stress, a pressão constante no trabalho, em casa e internamente reforçam, somadas às nossas características pessoais, a crença de que prosperar é sinônimo de impossibilidade. E o que significa para você prosperar? Será mesmo impossível?
A palavra PROSPERIDADE é para muitos, sinônimo de dinheiro, riqueza. No entanto seu significado real refere-se a “melhoria continuada”. E como desenvolver, melhorar? Talvez uma pergunta deveria ser feita antecipadamente: como desenvolver estando afinado com o próprio desejo? Como desejar, não aquilo que dizem que é certo desejar, mas o próprio desejo? Como desenvolver sem saber que projeto seguir? Como aproveitar a qualidade e não somente a quantidade de informações diárias?
No mundo globalizado em que vivemos, a troca de informações é rápida, tornando a vida mais dinâmica. No entanto, poucos são aqueles que conseguem desenvolver um real aproveitamento dos inúmeros estímulos. Como melhorar a partir do que é mais importante para mim? Como selecionar o que é importante do que não é? Como conciliar minhas metas de prosperidade com meus valores de vida?
Andrew Grove, fundador da Intel – criadora e fabricante dos chips de computadores, definiu muito acertadamente o perfil daqueles que prosperam: somente os paranóicos sobrevivem. Por ter vivido o inicio e auge dessa “revolução” que vivemos até hoje, investir em inovação e produtividade tornou-se fundamental. Até bem pouco tempo atrás, boa parte da competição vinha de dentro das fronteiras territoriais; essa barreira ruiu. Hoje, temos acesso ao “The Wall Street Journal”, mais influente jornal de economia do mundo, em português, oferecido diariamente pela Internet. Mas o que Grove desejou dizer com isso: viver hoje em dia significa ter metas, em primeiro lugar; e ir CONSTANTEMENTE, ao encontro delas. Indo além e compreendendo o contexto é necessario: ser extremamente persistente, atento aos detalhes, movido a mudanças e Nada acomodado.
Isto é inquestionável. Bem como a nossa situação de vida: para onde e como estou seguindo? Como estou norteando o desenvolvimento de minha vida? Estou me educando para as mudanças que a todo tempo me envolve?
Como também perguntou o empresário Antônio Ermírio de Moraes: “De que vale uma máquina sofisticada, comandada por um trabalhador ignorante?” E considerando essas mudanças e nossa posição perante nosso conhecimento exterior e interior: Como estamos posicionados?
Em estimativa do Ministério da Educação dos Estados Unidos, de 1992 até o ano 2000, 89% dos novos empregos exigiriam nível de conhecimento de matemática e leitura, de profissionais com pelo menos dois anos de faculdade. Isto há uma década! Como serão os próximos nove anos nessa espantosa velocidade de mudanças?
Daniel Golleman nos traz que não importa somente o intelecto, que precisamos ter flexibilidade e criatividade em tudo está em nossas vidas (interna e externa).
Aaarghhhh!!! Pare esse trem que eu quero descer…
Diariamente somos bombardeados por todos esses questionamentos, silenciosamente. E muitas vezes nos emudecemos em nossa resposta, com a ilusão que o silencio leve para longe esses problemas.
“Mas vocês falam de prosperidade como quem fala somente do crescimento social e financeiro! E no inicio do texto, não falavam disso…”
Sim. Todo esse texto foi intencionalmente elaborado para questionar, trazer a tona o que aqui, internamente, nos questionamos: O que é prosperidade. O que tantas mudanças interferem em nossas vidas. A visão econômica e material da prosperidade. Bem como a emocional também.
Mas uma simples frase tem maior peso, no desejo de fazer pensar. Mais importante do que todas as outras palavras juntas: “Pare esse trem que eu quero descer…” Nisto não podemos interferir. Somente nisto.
A escassez é geral, mas as oportunidades são proporcionalmente grandes, também.
Traduzindo o que pensamos, sobre prosperidade, finalmente dizemos: o que diferencia quem prospera é a sua flexibilidade aliada a sua constante busca de melhoria, sua criatividade e sensibilidade de percepção de diferentes ângulos, bem como a clareza de pensamentos e atos. Quem não estiver prestando atenção em si mesmo e no que o rodeia. Quem não estiver extraindo lições e se adaptando a essa tendência, vai homeopaticamente, idiotizar a si mesmo, aos seus filhos ou alunos, tornando-os incapazes de prosperar no mercado de trabalho e na vida.
Finalizando: próspero é aquele incansável mestre de si mesmo. Como aquele sábio oriental, que apesar de calado observa a tudo, tirando proveito para si, somente do que lhe vale. Falando, somente o que é proveitoso, usando de poucos movimentos e palavras para atuar em Sua Vida.
* escrito em parceria com Marcio Zilli (administrador de empresas)